segunda-feira, 26 de abril de 2021

Ecologia dos saberes para Boaventura de Souza Santos

 Boaventura Sousa Santos. “A democracia nunca foi compatível com o  capitalismo”
Para Boaventura de Souza Santos, universidades não devem ser fábricas de diplomas, mas centros de pensamento livres, críticos e independentes.
Para ele a ecologia dos saberes, está ligada a conhecimentos tantos científicos quanto popular, saberes estes que podem ser considerados úteis para o avanço das lutas sociais. Boaventura diz que as universidades devem se abrir para novos conhecimentos, além dos científicos, como por exemplo, à sabedoria dos povos indígenas como base para uma nova relação com a natureza.
“...Portanto, em primeiro lugar, a ecologia de saberes é um processo coletivo de produção de conhecimentos que visa reforçar as lutas pela emancipação social. Em segundo lugar, é um processo algo anárquico, que não tem e não deve ter líderes embora possa ter facilitadores da discussão…”(Boaventura de Souza Santos).
Segundo Boaventura devemos considerar que a ciência é importante, mas não é a única fonte de conhecimento. um grande exemplo é o conhecimento medicinal, os estudantes de medicina aprendem tanto o conhecimento médico eurocentro, tanto o conhecimentos médicos tradicionais, conhecidos pela eficiência das plantas. Dessa forma existe uma ecologia de saberes por se tratar de outras formas de conhecimentos.
Boaventura define como base a interculturalidade para que ocorra uma educação transformadora, ou seja, conhecimentos democráticos, buscando a integração entre elas sem anular sua diversidade entre diferentes culturas.
“A ecologia de saberes não é uma estratégia epistemológica ou política para dialogar com o inimigo, com os opressores, mas para criar força entre os oprimidos…” ( Boaventura de Souza Santos)

Referências bibliográficas:
 https://ionline.sapo.pt/artigo/609373/boaventura-sousa-santos-a-democracia-nunca-foi-compativel-com-o-capitalismo-?seccao=Portugal_i
Entrevista: 
file:///C:/Users/SAMSUNG/Downloads/1530-Texto%20do%20Artigo-3552-1-10-20141029%20(4).pdf
https://www.pucrs.br/revista/ecologia-de-saberes/

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Anísio Teixeira, o inventor da escola pública


 Considerado principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século 20, Anísio Teixeira  foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer uma educação gratuita para todos. Uma educação que fosse pública, laica e obrigatória. 
Para Anísio, o mundo está sempre em transformação e é necessário um novo tipo de homem consciente e bem preparado para expressar  suas opiniões de forma livre, e esse modelo de escola tinha isso como principal objetivo. As responsabilidades desse modelo de educação eram, portanto, educar em vez de instruir; formar homens livres em vez de homens dóceis; preparar para um futuro incerto em vez de transmitir um passado claro; e ensinar a viver com mais inteligência, mais tolerância e mais felicidade. 
Anísio diz que o ato de aprender durante muito tempo significa memorização; e essa memorização é prejudicial pois os alunos fica impossibilitado de aprender de fato  os conteúdos e acabam ficando presos em uma “bolha”.
Anísio diz que a educação está em mudança constante, e sempre está se reconstruindo de alguma maneira.

Referências bibliográficas:

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Resumo do sub tópico 3.6 e 3.7 do livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire

   
       


 3.6: Ensinar exige saber escutar e 3.7: Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica,  do livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire 

3.6: Ensinar exige saber escutar

Paulo Freire discorre nesse tópico a importância do docente saber escutar, para Freire não é  possível escutar o outro sendo autoritário, como se fosse o único portador da verdade. É necessário está disposto a escutar criticamente, só desta forma a um diálogo entre aluno e professor sendo que com esse método o professor passa a aprender mais.

Ainda neste tópico o autor chama atenção para a burocratização da mente,  que é o conformismo e acomodações diante de situações inaceitáveis, fazendo com que as pessoas fiquem alienadas e pensem que situações como essas não podem ser mudadas . Desta forma Freire destaca o sistema de avaliação como autoritária pela forma domesticada e o método silenciador que as vezes se aplicam. 

Para Freire é importante saber o momento em que é necessário ficar em silêncio, pois desta forma é preciso ouvir o outro de maneira plena.

3.7: Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica 

Para Paulo Freire a ideologia está ligada com a verdade das coisas,  podendo revelá-la ou esconde-la. A ideologia pode ser movida de acordo com os benefícios de quem a molda, podendo distorcer discursos e a verdade, fazendo com que os oprimidos a aceitem facilmente sem questiona-las. O indivíduo alienado não consiga se ver como um criador da realidade, sem perceber que é a própria sociedade que forja as ideias, o alienado acredita que são ideias superiores, como se fossem ideias autônomas, esquecendo que os pensamentos são produzidos por pessoas. Paulo Freire define ideologia como uma ocultação da verdade  naturalizando as condições históricas de convivência social, fazendo com que essa ideologia atrapalhe a maneira do pensamento individual. Freire diz que para desconstruir essas idealizações é preciso uma solidariedade unificadora entre pessoas.


Referências bibliográficas:

http://www.apeoesp.org.br/sistema/ck/files/4-%20Freire_P_%20Pedagogia%20da%20autonomia.pdf
imagem: https://mensagens.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/pedagogia-da-esperanca/pedagogia-da-esperanca-10.jpg